A adaptação precisa ser lenta e
gradual, respeitando o tempo de cada criança, de cada família, de cada pai, de
cada mãe. Assim, esse processo acontece em um tempo indeterminado, com avanços
e retrocessos.
Por estas razões, entendemos que este
período deve ser feito gradualmente, com a presença dos pais quando necessário.
Em nossa turma, as reações foram diversas. Algumas crianças foram mais
resistentes à aproximação, outras se encantaram rapidamente com os espaços do
CEI. Algumas choravam compulsivamente, outras gritavam, outras tinham choros
curtos durante todo o dia. E também tiveram aquelas que, mesmo desconfiadas,
estavam mais seguras e manifestaram de outros modos seu estranhamento com a
chegada ao CEI.
Durante esse período, as crianças precisam
da chupeta, do paninho, ou qualquer outro objeto de apego que seja
significativo e lhes dê segurança.
Nessas
semanas de adaptação, nas andanças
chorosas pelo CEI, houve momentos em que tudo ocorreu bem e outros em que nada
parecia dar certo. Mas, é justamente nesse lugar de perdas e ganhos que o
vínculo com as crianças e as famílias foi se estabelecendo, de modo que as
crianças passaram a entender que conhecíamos seus pais, sabíamos onde eles
estavam e como encontrá-los quando fosse necessário.
Proporcionamos
momentos em que nossa rotina começou a se configurar de maneira acolhedora e
divertida, com histórias, brincadeiras, arte, música, entre outros momentos e
atividades. Os choros do momento da chegada passaram a ser mais curtos, até que
se findaram totalmente, o vínculo das crianças conosco, com as crianças foi se
estabelecendo.
Hoje, passados dois meses, as crianças
circulam com autonomia pelo CEI, correm e pulam, reconhecem os colegas da sala
pelo nome.
No entanto, a adaptação da vida ainda
não terminou! Situações novas e de mudança virão (como o desfralde, deixar a
chupeta, a entrada ou saída de uma criança do grupo…) e essas situações
precisam de toda a nossa atenção e cuidado, pois se olharmos a sutileza dos
choros, da angustia e dos medos desde a primeira infância, certamente,
estaremos mais preparados para a vida que é cheia desses lugares, gentes e
situações novas…
Lindos!!!! Parabéns as professoras pela dedicação!
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