5 de abril de 2018

PERÍODO DE ADAPTAÇÃO MATERNAL I A


A adaptação precisa ser lenta e gradual, respeitando o tempo de cada criança, de cada família, de cada pai, de cada mãe. Assim, esse processo acontece em um tempo indeterminado, com avanços e retrocessos.
Por estas razões, entendemos que este período deve ser feito gradualmente, com a presença dos pais quando necessário. Em nossa turma, as reações foram diversas. Algumas crianças foram mais resistentes à aproximação, outras se encantaram rapidamente com os espaços do CEI. Algumas choravam compulsivamente, outras gritavam, outras tinham choros curtos durante todo o dia. E também tiveram aquelas que, mesmo desconfiadas, estavam mais seguras e manifestaram de outros modos seu estranhamento com a chegada ao CEI.
Durante esse período, as crianças precisam da chupeta, do paninho, ou qualquer outro objeto de apego que seja significativo e lhes dê segurança.
Nessas semanas de adaptação, nas andanças chorosas pelo CEI, houve momentos em que tudo ocorreu bem e outros em que nada parecia dar certo. Mas, é justamente nesse lugar de perdas e ganhos que o vínculo com as crianças e as famílias foi se estabelecendo, de modo que as crianças passaram a entender que conhecíamos seus pais, sabíamos onde eles estavam e como encontrá-los quando fosse necessário.
Proporcionamos momentos em que nossa rotina começou a se configurar de maneira acolhedora e divertida, com histórias, brincadeiras, arte, música, entre outros momentos e atividades. Os choros do momento da chegada passaram a ser mais curtos, até que se findaram totalmente, o vínculo das crianças conosco, com as crianças foi se estabelecendo.
Hoje, passados dois meses, as crianças circulam com autonomia pelo CEI, correm e pulam, reconhecem os colegas da sala pelo nome.
No entanto, a adaptação da vida ainda não terminou! Situações novas e de mudança virão (como o desfralde, deixar a chupeta, a entrada ou saída de uma criança do grupo…) e essas situações precisam de toda a nossa atenção e cuidado, pois se olharmos a sutileza dos choros, da angustia e dos medos desde a primeira infância, certamente, estaremos mais preparados para a vida que é cheia desses lugares, gentes e situações novas…

























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